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Projeto Clone: Política, Ciência e Conspiração
Biden é um clone? Da ovelha Dolly aos humanos, entenda como a clonagem virou ciência, conspiração e até roteiro de Hollywood.

Imagem gerada por IA.
Prepare-se. Este artigo vai te levar por uma viagem onde a linha entre ficção, ciência e teorias bizarras fica perigosamente borrada. De ovelhas que desafiaram Deus, a presidentes acusados de serem... bem, não humanos, passando por filmes onde atores lutam contra versões digitais de si mesmos. A clonagem — tema que já foi território exclusivo de filmes e distopias — hoje habita tanto laboratórios quanto os becos escuros da internet conspiratória.
Mas aqui não tem espaço pra ingenuidade. Afinal, se uma simples célula pode gerar uma cópia perfeita, o que mais anda sendo replicado por aí? Pessoas? Mentes? Governos inteiros? A pergunta que não quer calar: estamos cercados de cópias — ou nós mesmos somos parte do experimento?
BIDEN CLONE? OU SÓ MAIS UMA TEORIA... OU NÃO?
Imagine acordar, abrir sua rede social e dar de cara com a seguinte teoria: Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, teria sido executado em 2020 e substituído por um clone. Isso mesmo — um clone. E não estamos falando de um clone qualquer, mas de uma espécie de androide biológico, sem mente, sem alma e, aparentemente, sem... bateria.
A origem dessa teoria? Um post perdido no meio do caos digital da Truth Social, rede social fundada por Donald Trump. Rapidamente, o boato viralizou, alimentando uma enxurrada de comparações de fotos, análises de formato de orelhas, tom de pele e até... piscadas diferentes.
Trump, como sempre, não confirmou nem desmentiu. Apenas compartilhou. Jogou a lenha na fogueira e deixou a internet arder. Curiosamente, esse tipo de narrativa sempre surge em momentos oportunos, quando escândalos políticos estão no ar — ou quando Biden enfrenta questões delicadas de saúde. Coincidência?
Se isso é só uma estratégia de desinformação ou se existe algo mais sombrio, fica pra você decidir. Mas uma coisa é certa: no jogo da manipulação, às vezes a verdade é o primeiro clone a ser descartado.
A OVELHA DOLLY: O COMEÇO DO FIM... OU DO COMEÇO?
Se hoje discutimos clones de presidentes, a culpa — ou o crédito — é de uma simpática ovelha escocesa chamada Dolly. Em 1996, ela entrou para a história como o primeiro mamífero clonado a partir de uma célula adulta. Não, Dolly não surgiu de magia, nem de um ritual secreto dos Illuminati — foi pura ciência... ou quase.
O processo parece simples, mas não se engane. Cientistas retiraram o núcleo de um óvulo e substituíram pelo DNA de uma célula da glândula mamária de outra ovelha. Depois, um choque elétrico deu início ao processo de desenvolvimento. O resultado? Uma cópia genética perfeita.
Dolly não foi só uma façanha científica; foi um terremoto filosófico e ético. De repente, o que antes era ficção virou uma pergunta desconfortável: se podemos clonar uma ovelha... até onde vai esse poder?
Mas nem tudo são flores. Foram necessárias 277 tentativas para gerar um único clone viável. E, mesmo assim, Dolly envelheceu mais rápido, levantando questões sobre a viabilidade de clones a longo prazo. Telômeros encurtados, DNA envelhecido... seriam clones condenados desde o nascimento?
Dolly abriu portas que talvez nunca devêssemos ter destrancado. E a humanidade... entrou sem bater.

Clonagem humana é possível? Mesmo com DNA ‘perfeito’, o resultado pode ser bem diferente do esperado. (Imagem: Billion Photos / Shutterstock.com)
CLONAGEM HUMANA: TECNICAMENTE POSSÍVEL. MORALMENTE... QUESTIONÁVEL
Se a Dolly foi possível, a clonagem humana também é. A ciência não deixa dúvidas: replicar o DNA de um ser humano está dentro das nossas capacidades técnicas desde o final dos anos 90. Mas aí vem a parte difícil — o preço ético, moral e jurídico.
Pra começar, esqueça a ideia de um clone saindo de uma cápsula igualzinho a você, só que dez minutos depois. Clonar significa gerar um bebê, geneticamente idêntico, mas que cresceria, viveria e seria moldado por outro ambiente, outra época, outras experiências.
Seu clone não teria sua memória, sua personalidade, nem sua playlist do Spotify. Seria uma nova pessoa, apenas com o mesmo código genético. Isso, claro, se sobrevivesse ao processo. Afinal, o histórico da clonagem animal não é nada animador: falhas, deformações, doenças e envelhecimento precoce são quase regra.
E se acha isso perturbador, espere até ouvir os dilemas: quem é o dono de um clone? Ele tem os mesmos direitos? E se governos, empresas ou — por que não — organizações secretas resolverem criar exércitos de clones sob medida?
Se a ciência já cruzou essa linha, talvez a sociedade só esteja... fingindo que não percebeu.
PROJETO GEMINI: QUANDO A FICÇÃO FICA ASSUSTADORAMENTE REAL
E se você acha que clonagem é só papo de teórico maluco ou de laboratório secreto, Hollywood tratou de deixar tudo ainda mais estranho. No filme Projeto Gemini, Will Smith enfrenta... ele mesmo. Literalmente.
Henry Brogan (Smith) é o melhor assassino do mundo, até decidir se aposentar. Mas há um detalhe: a empresa para quem ele trabalhou não aceita rescisões amigáveis. A solução? Criar um clone dele, mais jovem, mais forte, sem dor nas costas e, claro, programado para matá-lo.
O mais assustador? A versão jovem de Will Smith não é maquiagem, nem deepfake. É um ser digital, criado do zero, usando inteligência artificial, machine learning e toneladas de dados do próprio Will — desde seus tempos de Um Maluco no Pedaço.
Os efeitos são tão convincentes que levantam uma questão desconfortável: se conseguimos fazer isso no cinema... quanto tempo até termos réplicas digitais (ou biológicas) de qualquer pessoa circulando por aí?
Projeto Gemini, no fim, é mais do que um filme de ação. É um espelho desconfortável, mostrando que o limite entre real e simulado, entre humano e replicável, nunca foi tão frágil.
...
Seja nas redes sociais, nos laboratórios ou nas telas de cinema, uma coisa ficou clara: o conceito de identidade nunca esteve tão em xeque. A clonagem — seja de corpos, rostos, vozes ou mentes — deixou de ser ficção científica e passou a ser um debate real, urgente e desconcertante.
Entre presidentes suspeitos de serem clones, ovelhas que mudaram a história, e filmes que parecem mais documentários disfarçados, resta a pergunta final: até que ponto somos únicos? E pior... será que já não estamos vivendo cercados por cópias — algumas perfeitas demais pra serem percebidas?
No fim, a única certeza é que, num mundo onde tudo pode ser replicado, a coisa mais rara que existe... é ser original.
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