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O Armagedom de Peter Thiel: Anticristo, IA e o Futuro da Conspiração Global

Por que Peter Thiel fala do Anticristo na era da IA? Cultura, tecnologia e conspiração se cruzam no discurso do bilionário.

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Imagem gerada por IA.

Era uma noite quente em São Francisco quando as portas de um auditório se abriram para algo mais do que uma palestra: um rito moderno, quase litúrgico. No palco, Peter Thiel não falava apenas de tecnologia ou investimentos, mas evocava o Anticristo, o katechon, e o peso da história como se a audiência estivesse diante de uma profecia. Alguns riram, outros se inquietaram, mas todos permaneceram — fascinados, desconfortáveis, provocados.

Do lado de fora, manifestantes seguravam cartazes que misturavam slogans políticos e imagens de filmes de terror. Do lado de dentro, jornalistas, acadêmicos e curiosos olhavam uns para os outros, tentando decifrar se aquilo era filosofia, teatro, provocação… ou o esboço de um manual para o futuro.

E assim, entre o religioso e o tecnológico, o espetáculo do Armagedom de Thiel se tornou parte do noticiário global. Afinal, o que está em jogo quando um dos homens mais poderosos do mundo decide falar em tom profético?

📜 O Roteiro Apocalíptico de um Bilionário

Peter Thiel, cofundador do PayPal e investidor do Facebook e da Palantir, poderia gastar seus dias falando sobre startups, balanços financeiros ou inovação em IA. Mas preferiu outro palco: o das metáforas bíblicas.

O visionário do PayPal e influente voz da direita, Peter Thiel, participa da ACTS 17, encontros que misturam fé, tecnologia e poder em um mesmo palco. (Foto: Scott Anderson/The New York Times)

Em suas palestras mais recentes, Thiel evoca o conceito de katechon — a força que, segundo a tradição cristã, retarda o fim dos tempos. Para ele, esse freio é cada vez mais frágil em um mundo onde a tecnologia se acelera sem trégua. Ao lado desse conceito, surge o Anticristo: não apenas uma figura religiosa, mas uma alegoria que atravessa política, economia e cultura.

A origem dessa visão remonta aos anos 1990, quando Thiel estudou o jurista Carl Schmitt e se aproximou das leituras de René Girard, teórico francês conhecido por suas reflexões sobre desejo mimético e violência. Schmitt falava da política como um embate entre amigos e inimigos; Girard via na repetição dos conflitos humanos o motor das sociedades. Thiel transformou esses referenciais em lentes para enxergar o presente.

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Sabe aquela sensação de que nem tudo que nos dizem é a verdade completa? Eu sinto isso há anos. Por isso, criei o Conspira Café — um refúgio onde posso dividir com você minhas dúvidas, descobertas e pensamentos mais inquietos. Aqui, escrevo sobre conspirações, segredos escondidos nas entrelinhas e teorias que muita gente evita discutir. Nada de rótulos ou certezas absolutas. Apenas a vontade de entender o que pode estar por trás da cortina.

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